Siga oGol no facebook
      bet365
      Clubes
      Clubes

      Atlético Mineiro

      Texto por Carlos Ramos
      l0
      E0

      No dia 25 de março de 1908, um grupo de estudantes se reuniu no coreto do Parque Municipal, em Belo Horizonte, e fundou o Clube Atlético Mineiro, que se tornaria gigante não só em Minas Gerais, como também no Brasil. 

      Demorou praticamente um ano para que a equipe formada fizesse o primeiro jogo. Foi em 21 de março de 1909, de acordo com registros do clube. O duelo foi contra o Sport Club Futebol, fora de casa, e acabou com vitória atleticana por 3 a 0. Aníbal Machado fez o primeiro gol do clube. 

      O Sport, por sinal, foi um dos primeiros rivais alvinegros. Só que com as sucessivas derrotas para o clube recém-fundado, acabou extinto. O Atlético iniciou uma história de domínio do futebol mineiro desde os primeiros jogos. 

      O Atlético foi o primeiro campeão mineiro. Em 1915, o clube conquistou o primeiro torneio oficial organizado pela então Liga Mineira de Esportes Terrestres, atual Federação Mineira de Futebol. A partir de 1916, entretanto, viu uma sequência inigualável do América, decacampeão. 

      Em 1926 e 1927, o Atlético retomou a soberania no Estado. Conseguiu, ainda, um grande feito. Em 1927, aplicou uma incrível goleada no rival, Cruzeiro, então Palestra Itália, por 9 a 2. É a maior goleada do clássico. Jairo e Said fizeram três gols cada, e Mário de Castro fez dois. Os três formavam o chamado Trio Maldito, que tirava o sono das defesas adversárias. 

      Para além de Minas 

      Em 1929, o Atlético inaugurou o Estádio Antônio Carlos, o primeiro estádio de Minas Gerais com iluminação para jogos noturnos. Com a nova casa, o time disputou o primeiro jogo internacional em 1930, uma vitória sobre o Vitória de Setúbal, por 3 a 1. 

      Na década de 1930, foram cinco títulos Estaduais. Soberano em Minas, o Galo resolveu medir forças com outras potências do futebol brasileiro em 1937. Disputou um torneio de campeões estaduais e bateu o favorito, Fluminense. Kafunga, Zezé Procópio e Guará foram os nomes da conquista. 

      Nos anos 1950, o clube foi além e realizou a primeira excursão pela Europa. Com seis vitórias em dez jogos, o time ganhou o apelido de Campeão do Gelo, devido ao rigoroso inverno europeu. 

      O Atlético Maravilha 

      No fim da década de 1950 e em toda a década de 1960, o Atlético viu uma soberania cruzeirense. A Raposa chegou a ser nove vezes campeã em 12 Mineiros. Mas, no final da década de 1960, chegou ao clube o jovem atacante Dadá. 

      Ninguém sabia, até então, que o menino Dadá era Maravilha, e "voava como um beija-flor". Dadá era um goleador nato, e fazia gol de tudo quanto era jeito. "Feio é não fazer gol", chegou a dizer certa vez, em frase que diz bem o que era em campo. 

      Campeão mineiro em 1970, o time foi colocado por Dadá no topo do Brasil em 1971. O Atlético Mineiro foi o primeiro campeão do Campeonato Brasileiro, superando o Botafogo, de Jairzinho, o Santos, de Pelé, o Corinthians, de Rivellino, e o São Paulo, de Gérson. Dadá foi o artilheiro daquele Brasileiro, com 15 gols. 

      Ainda no fim daquela década, o Galo voltaria a ser soberano em Minas Gerais e conquistou, de 1978 até 1983, sua maior sequência de títulos do Mineiro, com seis conquistas em sequência. 

      A fábrica de milagres

      O Atlético já era uma grande equipe no Brasil, mas demorou um pouco a romper barreiras internacionais. Só na década de 1990, o clube foi conquistar seus primeiros títulos internacionais. Em 1992 e 1997, levantou a Copa Conmebol. 

      Mas a grande conquista do clube só veio mesmo em 2013. Foi uma campanha épica, que começou um ano antes. Em 2012, o craque Ronaldinho Gaúcho desembarcou em Belo Horizonte sob muita desconfiança, já que não havia conseguido bom desempenho nos últimos jogos pelo Flamengo. 

      O Bruxo, entretanto, ajudou o Galo a se classificar para a Libertadores de 2013, com o vice-campeonato brasileiro. Campeão mineiro, o Atlético, de Cuca, conseguia grandes resultados na Libertadores. O menino Bernard se destacava pela rapidez nos flancos, Jô era o artilheiro e Ronaldinho Gaúcho o craque. 

      Foi, talvez, o último grande momento de protagonismo de Ronaldinho na carreira. O Bruxo fez um golaço genial contra o Arsenal, ainda na fase de grupos. Nas oitavas, foi um dos grandes nomes da classificação diante de um forte São Paulo. 

      A partir de então, a campanha passou a ficar dramática. Tanto que a frase "não é milagre, é Atlético Mineiro" virou o hino do clube. Nas quartas, São Victor apareceu. Nas quartas de final, o 1 a 1 contra o Tijuana, no Horto, classificava os mineiros. Mas Leonardo Silva, um dos pilares do time, acabou cometendo pênalti aos 46 do segundo tempo. Pênalti. O gol classificaria os mexicanos. Mas Victor pegou. Pegou com a perna. Foi o melhor pênalti da história do Atlético. 

      Nas semifinais, mais pênaltis. O Galo eliminou o Newells nos pênaltis, com nova defesa heroica de Victor. "Caiu no Horto, está morto". Assim foi até a final, que foi no Mineirão. Mas, mais uma vez, a decisão ficou para as penalidades. Mais uma vez, o Atlético venceu, e acabou campeão da América. 

      Nem a decepção no Mundial, com derrota para o Raja Casablanca, apagou o que foi feito na Libertadores daquele ano. E o Galo seguiu fazendo história nos anos seguintes. Foi campeão da Recopa e da Copa do Brasil em 2014, com um gostinho especial. 

      A conquista da Copa do Brasil foi ainda mais especial. Na primeira decisão nacional entre os rivais, o Atlético venceu o Cruzeiro duas vezes, nos dois jogos decisivos. Gigante em Minas, no Brasil e na América, o Atlético é um Galo forte e vencedor. 

      Comentários

      Quer comentar? Basta registrar-se!
      motivo:
      EAinda não foram registrados comentários…
      Links Relacionados